existir

A EXISTIR surgiu em meados de 2002, por iniciativa de um grupo de pais de crianças com Síndrome de Down, com o propósito de constituir uma entidade privada, sem fins lucrativos, que apoiasse crianças portadoras de necessidades especiais, em especial a Síndrome de Down. Fundamos a Entidade em fins de 2004, com o seu registro em 25.01.2005, tendo por objetivo um projeto diferenciado, ou seja, trabalho em grupos de crianças com Síndrome de Down a partir dos 2 anos de idade.

quinta-feira, 7 de abril de 2016


DICAS DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN, POR CRISTINA SILVEIRA


EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SINDROME DE DOWN (Fonte: Movimento Down)
Toda criança com deficiência intelectual aprende? Sim, aprende ! O que acontece é que talvez essa criança não vá aprender da forma como algumas pessoas estão acostumadas a ensinar. É o que acontece com as crianças que tem síndrome de Down. A maioria das crianças com síndrome de Down está em um estágio de desenvolvimento social e emocional anterior aos de seus colegas, devido às dificuldades de aprendizagem. Como consequência, seu entendimento de mundo será menos avançado e seu comportamento pode estar mais equilibrado com o de crianças mais novas. Por isso, o principal trabalho a ser realizado inicialmente é a aprendizagem de regras para o comportamento social, tais como: interação com outras crianças, verbalização e entendimento de instruções, saber dividir, esperar a vez, brincar, cooperar, fazer amizades. Devemos nos lembrar SEMPRE que Crianças com síndrome de Down, têm períodos de concentração menores, devido a dificuldades de processamento para dois sentidos por vez (por exemplo: copiar e ouvir), o que inibe sua habilidade de concentração. Essas dificuldades são particularmente aparentes nos primeiros anos e muitas crianças pequenas podem se distrair facilmente, flutuando de uma atividade para outra. Crianças Down aprendem melhor se forem apresentados os conteúdos de forma mais concreta e definida.
Rotinas e regras são importantes e melhor aceitas se forem utilizados recursos visuais que fazem sentido para ela, como fotografias e objetos reais de referência. A maioria das crianças com síndrome de Down precisará de apoio adicional de um monitor nos seus primeiros anos escolares. As atividades trabalhadas pelo monitor em sala de aula devem ser continuadas em casa e também por outros técnicos que acompanham a criança, como psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. É necessário para um desenvolvimento melhor que toda a equipe de técnicos se encontre regularmente para planejar, comunicar, realimentar e monitorar o progresso da criança. Um diário de bordo do monitor onde serão registrados todas as suas atividades, dificuldades e avanços na escola é altamente necessário. Além disso, um caderno de comunicação para todos os técnicos envolvidos registrarem planos, observações, ideias e retornos pode ser muito útil. A criança Down tem direito a ser incluída em escola regular, além de ter um mediador em sala de aula e um PDI – Plano de Desenvolvimento Individual para ter como alvo áreas específicas que precisem de atenção especial.
Métodos e Técnicas de aprendizagem para as crianças Down:
. Tecnologia da informação . Recursos Visuais com imagens e fotos maiores . Reforço positivo a uma ação . Trabalho de grupo . Utilize jogos e materiais de aprendizagem coloridos e chamativos. . Faça contato olhando direto nos olhos. – Use linguagem simples e familiar, e frases curtas e simples. – Verifique a compreensão – peça à criança que repita as instruções. – Evite vocabulário ambíguo. – Reforce a fala com expressões visuais, gestos e sinais. – Reforce instruções faladas com imagens impressas, fotos, diagramas, símbolos e materiais concretos. – Evite perguntas fechadas e encoraje a criança a falar mais do que declarações de uma palavra só. – Encoraje a criança a falar alto oferecendo algo que a estimule visualmente. – Use materiais concretos, por exemplo, bonecos, cartões que liguem imagens a palavras, letras para montar palavras, a fim de promover o desenvolvimento da linguagem. – A aprendizagem se dá num ritmo mais lento. Devemos oferecer-lhe um maior número de experiências variadas para que aprenda o que o ensinamos – Fica cansado rapidamente, sua atenção não se mantém por um tempo prolongadoInicialmente, devemos trabalhar durante curtos períodos de tempo, aumentando-os pouco a pouco – Às vezes não se interessa pela atividade, ou se interessa por pouco tempoDevemos motivá-lo com alegria e com objetos chamativos e variados, para que se interesse pela atividade – Muitas vezes não consegue realizar a atividade sozinho.
Devemos ajudá-lo e guiá-lo apenas o necessário para que realize a atividade, até que consiga fazê-lo sozinho – A curiosidade para conhecer e explorar o que está à sua volta é limitadaDevemos despertar nele o interesse pelos objetos e pessoas que o rodeiam, nos aproximando e mostrando as coisas agradáveis e chamativas – É difícil para ele se lembrar do que já fez e do que aprendeuDevemos repetir muitas vezes as tarefas já realilzadas, para que se lembrem de como fazê-las e para que servem – Não se organiza para aprender sobre os acontecimentos da vida diáriaDevemos ajudá-lo sempre a aproveitar todos os fatos que ocorrem ao seu redor, bem como lembrá-lo de sua utilidade, relacionando os conceitos com o que foi aprendido na sala de aula – É mais lento ao responder. Devemos sempre esperar com paciência e ajudá-lo, estimulando-o ao mesmo tempo para que responda cada vez mais rapidamente
– Não costuma inventar ou procurar situações novas. Devemos conduzi-lo a explorar situações novas, a ter iniciativas – Tem dificuldades em solucionar problemas novos, mesmo que sejam semelhantes a outros problemas vividos no passadoDevemos trabalhar permanentemente, dando-lhe oportunidades de resolver situações da vida diária, sem anteciparmos nem responder em seu lugar – Consegue aprender melhor quando foi bem sucedido em situações anterioresDevemos saber em que ordem devemos ensiná-lo, oferecendo muitas oportunidades de sucesso. Apresente situações que são possíveis para o aluno e aumente progressivamente o grau de dificuldade – Quando conhece imediatamente o resultado positivo de sua atividade, se interessa mais em seguir colaborandoDevemos dizer-lhe sempre o quanto se esforçou, o quanto já alcançou, animando-o pelo sucesso já alcançado. Assim é possível que ele se interesse mais pela atividade e aguente trabalhar por mais tempo – Quando participa ativamente da tarefa, aprende melhor e se esquece menosDevemos planejar atividades em que ele intervenha ou atue como sujeito principal – Quando se pede que ele realize muitas tarefas em pouco tempo, se confunde e rejeita a situaçãoDevemos selecionar as tarefas e dividi-las pelo tempo, de forma que não se confunda nem se canse.
Cada etapa tem suas características próprias, mas é preciso prestar atenção especial a alguns aspectos, desde o começo da ação educativa no programa de estimulação precoce e ao longo de todo o processo educativo: – A programação por objetivos – O desenvolvimento das capacidades, tendo em conta que se trata de um processo evolutivo – O desenvolvimento da atenção – O desenvolvimento da percepção e discriminação – O desenvolvimento das habilidades manuais – A comunicação e linguagem – O desenvolvimento da leitura, escrita e cálculo – A educação para autonomia – O desenvolvimento de valores Vamos contribuir, deste modo, para formar um adulto que seja maduro, responsável e feliz, que seja: – capaz de se sentir bem consigo mesmo – disposto a sentir-se bem com os outros e a que os outros se sintam bem com ele – capaz de enfrentar os desafios e as dificuldades que vierem – pronto a resolver e tomar decisões por conta própria, contando com ajuda somente quando for necessário –  capaz de assumir sua própria responsabilidade Aprender com atividades manuais.

Cristina Silveira Psicopedagoga , Psicanalista e arte-terapeuta Especialista em educação inclusiva

FONTE: https://tudobemserdiferente.wordpress.com/2014/03/25/dicas-de-aprendizagem-para-crianca-com-sindrome-de-down-por-cristina-silveira/

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