existir

A EXISTIR surgiu em meados de 2002, por iniciativa de um grupo de pais de crianças com Síndrome de Down, com o propósito de constituir uma entidade privada, sem fins lucrativos, que apoiasse crianças portadoras de necessidades especiais, em especial a Síndrome de Down. Fundamos a Entidade em fins de 2004, com o seu registro em 25.01.2005, tendo por objetivo um projeto diferenciado, ou seja, trabalho em grupos de crianças com Síndrome de Down a partir dos 2 anos de idade.

domingo, 22 de novembro de 2009

A especial arte da superação

Já faz algum tempo que o mundo vê os portadores de necessidades especiais com outros olhos. Seja no espaço familiar, no trabalho, nas escolas ou nas próprias esferas de convívio social, as ferramentas de inclusão deles têm obtido espaço – afinal de contas, toda oportunidade de igualá-los e mostrar seu potencial é válida. Porém, há uma esfera que ainda dá seus primeiros passos para recebê-los; esfera que já foi restrita a poucos, mas hoje quer como nunca estar de braços abertos. E não é para pouco: nas artes, a convivência com a diversidade é regra geral. E, em se tratando deste universo, não há limitação – física ou mental – capaz de deter a criatividade e destreza de um criador. Provam isso grandes e eternos nomes universais, como o insuperável músico Ray Charles, imortalizado no cinema por Jamie Foxx.


A velha assertiva de que a arte não possui barreiras não virou clichê por acaso. Companhias de dança para cadeirantes e paraplégicos, apresentações musicais de deficientes visuais e até mesmo exposições pictóricas que podem ser apreciadas pelos que perderam a visão: tudo isso já pode ser encontrado ao redor do globo. Aqui no Pará, as coisas ainda caminham de forma lenta, mas os primeiros esforços já começaram a aparecer – alguns abraçados não pelo Estado, e sim por pessoas comuns que vêm na arte uma forma de superação das limitações.

Um exemplo de artista especial cujo talento moveu montanhas é o escritor Romeu Ferreira dos Santos Neto. Portador de Síndrome de Down, o jovem de 24 anos já tem no currículo dois livros de poesia lançados, além de um CD com letras de sua autoria musicadas pelo cantor e compositor Mário Cantuária. A história de vida dele, afirma sua mãe, a professora aposentada Sandra Suely Santos, sempre esteve atrelada de alguma forma ao universo da literatura.

'Desde que soubemos que ele era portador da Síndrome de Down, começamos a pensar em como ajudá-lo a desenvolver suas capacidades cognitivas. O mais bonito de tudo é que ele mostrou desde pequeno uma atração pela literatura. Ele lia tudo o que via pela frente, vivia dizendo frases belas, e eu fui anotando todas sempre que ele pensava nelas. Dizia sempre a ele: ‘meu filho, quem lê tem o mundo em suas mãos’. Quando ele criou o hábito de escrever, tive certeza de seu talento', relata a mãe, orgulhosa.

DEDICAÇÃO

Dos primeiros versos a seu primeiro livro, 'Água de algodão', lançado em 2001, Romeu percorreu um caminho de dedicação e esforços. Até aprender a escrever, dona Sandra transcrevia seus poemas, mas logo o poeta afinou a escrita e criou intimidade com as máquinas de datilografar. Anos depois, ele aprendeu a lidar com o computador e desde então transcreve não só poemas, mas contos, crônicas e outros gêneros literários sempre que a inspiração bate.

Além disso, Romeu desenvolveu o talento pelas artes plásticas, criando belas paisagens em óleo sobre tela que podem ser vistas em seu site (http://www.romeuneto.com.br). 'Acredito que ele esteja sempre aprendendo novas linguagens. Isso só pôde acontecer porque desde cedo quisemos que ele conseguisse superar seus próprios obstáculos e nunca o deixamos perder a empolgação', conta Sandra.

Desde 2006, Romeu colhe os frutos de seu segundo livro, 'Ventos mergulhantes', editado pela Paka-Tatu e considerado por seus admiradores um marco de superação. O livro contém cerca de 80 poesias, e chamou a atenção de gente de fora do Estado – a prova é que revistas como a 'Sentidos', editada em São Paulo e voltada à inclusão de portadores de necessidades especiais, publicaram reportagens sobre seu trabalho. Romeu também marcou presença em todas as Feiras Pan-Amazônicas do livro realizadas em Belém, seja com sessões de autógrafos ou bate-papos com o público e com a imprensa.

Consciente do valor que a arte teve e tem em sua vida, Romeu afirmou à reportagem que a arte foi seu principal mecanismo de expressão. 'A escrita é um instrumento que uso para me comunicar e expressar minhas idéias. Não perco o estímulo para continuar produzindo nunca', comentou o jovem poeta, que tem entre seus autores Machado de Assis, Shakespeare e o marajoara Dalcídio Jurandir. Com muito bom humor, ele garantiu que anda escrevendo mais do que nunca e já adiantou que tem livro novo vindo por aí. 'Estou preparando o meu primeiro romance, deve sair ou em dezembro ou no ano que vem. Está numa fase inicial, ainda', assinalou.

Exemplo de talento local vence fronteiras

Mas não é apenas no espaço familiar que o talento pode ser valorizado desde cedo. Às vezes, há grupos que se doam exclusivamente a oferecer oportunidade para que os artistas portadores de algum tipo de limitação vejam a arte como ofício – é o caso da Companhia de Dança Roda Pará, a mais tradicional do Estado dedicada a bailarinos deficientes físicos, coordenada pela educadora física, professora e pesquisadora Marilene Melo, de 61 anos.

Com mais de oito anos de atividade e um trabalho voltado à dança contemporânea, o grupo surgiu a partir de oficinas e seminários de inclusão organizados pelo Instituto de Artes do Pará (IAP), entidade apoiadora do projeto, e desde então vem trazendo bons resultados para o Estado – a prova disso é que ele foi o primeiro do Pará a fazer parte da 'Arte sem barreiras', política internacional inserida no Brasil pela Fundação Nacional de Arte (Funarte) que visa à inclusão de portadores de necessidades no mundo das artes.

Atualmente, fazem parte do Roda Pará quatro bailarinos fixos, sendo dois deles portadores de necessidades especiais (um cadeirante e outra que possui limitações psíquicas e de locomoção). Segundo Marilene Melo, lidar com este perfil de artistas é uma espécie de lição de vida. 'É incrível a gente ver como o trabalho é desafiador, mas flui bem quanto há talento de sobra. A linguagem da dança depende mais do esforço e paixão do bailarino que de seu corpo, nós aprendemos aos poucos a lidar com as limitações', orgulha-se.

A rotina de ensaios da companhia de dança é composta de várias etapas. Primeiro, Marilene desenvolve uma pesquisa individual, para depois ensaiá-la junto aos bailarinos. Em seguida, cada um se propõe a realizar exercícios individuais e praticar as coreografias, de forma a afiná-las para performances ao vivo. O resultado foram participações aclamadas em eventos como o Encontro Internacional de Dança do Pará (Eidap), onde ganharam os prêmios da categoria de portadores de necessidades durante dois anos consecutivos, além da aprovação em editais e prêmios vinculados à Secretaria de Cultura do Estado (Secult). A nível nacional, Marilene já teve projetos de pesquisa ligados à atividade no Roda Pará aprovados em prêmios como o Além dos Limites, da Funarte, e nos editais do Instituto Itaú Cultural. Em novembro passado, o grupo ainda viajou a Sergipe, no Nordeste, para participar da Mostra Albertina Brasil, também do programa 'Arte sem barreiras'. Marilene afirma: a repercussão nacional não poderia ser melhor.

http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=248&codigo=396156

http://www.romeuneto.com.br/conteudo/25/romeuedestaquenojornal.php

Devemos ensinar e ajudar a criança a evoluir, mas sem que ela se torne dependente, porque quanto mais a criança aprender a cuidar de si própria, melhores condições terá para enfrentar o futuro.

Ainda há muito preconceito e falta de informação sobre a síndrome de Down, um evento genético natural e universal que está presente em todas as raças e classes sociais. Um deles é considera-lo uma doença. Não é correto dizer que uma pessoa sofre de, é vítima de, padece ou é acometida por síndrome de Down. O correto seria dizer que a pessoa tem ou nasceu com síndrome de Down.



Há poucas décadas um filho com Síndrome de Down era objeto de preocupações – e algumas vezes de vergonha – da família, vivendo não raro em reclusão, aguardando um fim que se considerava próximo, pois os portadores de SD podem ter maior risco de sofrer defeitos cardíacos congênitos, doença do refluxo gastroesofágico, otites recorrentes, apnéia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireóide. Graças aos avanços da medicina, a expectativa de vida dos portadores de SD aumentou muito. Em 1947 era de 12 e 15 anos, já em 1989 subiu para 50 anos, sendo que atualmente é comum chegarem aos 60, 70 anos, semelhante à da população em geral. Recentemente faleceu em Anapolis, Goiás, a pessoa com síndrome de Down mais velha do mundo, Dilmar Teixeira (1934-2007), com 74 anos.


Algumas características são comuns nos portadores: hipotonia (flacidez muscular, o bebê é mais “molinho”), o comprometimento intelectual (a pessoa aprende mais devagar) e a aparência física (olhos amendoados, prega palmar transversal única, dedos curtinhos, fissuras palpebrais oblíquas, ponte nasal achatada, língua protrusa, pescoço curto, pontos brancos nas íris conhecidos como manchas de Brushfield, flexibilidade excessiva nas articulações, defeitos cardíacos congênitos, espaço excessivo entre o hálux e o segundo dedo do pé).


A insegurança que surgem quando descobrem que seus filhos portam a S e será distribuído em maternidades para auxiliar no desenvolvimento de todas as potencialidades dessas crianças, que possuem um tempo diferente das outras para começarem a sorrir, sentar, andar e falar.


Os conselhos para os pais destas crianças não são tão diferentes dos que se dá aos outros pais. A criança deve ter um papel tão ativo como os seus irmãos na família e ser tratada da mesma forma. Li uma vez um texto de Simone Zelner, mãe de um menino com necessidades especiais, intitulado Mãe Passarinha, no qual ela comparava sua dedicação ao filho ao comportamento de uma sabiá, que, apesar de alimentar o filhote, sabia a hora de deixa-lo começar a ser independente. Devemos ensinar e ajudar a criança a evoluir, mas sem que ela se torne dependente, porque quanto mais a criança aprender a cuidar de si própria, melhores condições terá para enfrentar o futuro. E para quem quer se espelhar em outros exemplos, indico dois livros: O Filho Eterno, de Cristóvão Tezza (editora Record, 2007) e Inclusão começa em casa – Um diário de mãe, de Iva Folino (Editora Ágora, 2009).

Pessoas com síndrome de Down têm menor incidência de tumores sólidos: cientistas americanos encontram uma explicação para este fato



A+ A- Alterar tamanho da letra Publicada, na revista Nature, uma das primeiras pesquisas a estudar a razão pela qual pessoas com síndrome de Down1 têm menor incidência2 de tumores sólidos. O estudo foi realizado por pesquisadores americanos no Children's Hospital of Boston.

Acredita-se que esta proteção contra o crescimento tumoral em pessoas com síndrome de Down1 venha da expressão aumentada de um ou mais genes extranumerários na cópia extra do cromossomo3 21 presente em portadores desta síndrome4 - a trissomia do 21, causa desta condição.

Esta cópia extra parece ter um gene de proteção contra o crescimento de tumores cancerosos sólidos, sugerem testes em ratos. Este gene, chamado DSRC1, parece trabalhar em conjunto com outro gene, o DYRK1a, também encontrado no cromossomo3 21, os quais interferem com os sinais5 de crescimento tumoral e com a angiogênese6 do tumor7.

A coordenadora do estudo, Dra. Sandra Ryeom, acredita que esta pesquisa pode levar a novos conhecimentos sobre os mecanismos que regulam o crescimento de tumores e à identificação de alvos terapêuticos para prevenção e tratamento de tumores malignos.

Fonte: Nature
http://www.news.med.br/p/pessoas+com+sindrome+de+down+tem+me-35258.html

"A Síndrome de Down não é nem uma doença, nem desordem, defeito ou condição médica"




Depoimento de Fábio Adiron sobre o nascimento da filha de Romário e o tratamento dado a Síndrome de Down pela imprensa



Caros jornalistas,



A notícia esportiva de hoje é que a filha recém nascida do jogador Romário tem Síndrome de Down. Certamente esse fato vai gerar abordagens das mais corretas às mais sensacionalistas.



Como moderador do grupo de discussão sobre síndrome de Down e ex-presidente da Associação Mais 1 e, principalmente, pai de um menino com síndrome de Down, gostaria que vocês pudessem aproveitar essa oportunidade para ampliar o esclarecimento a respeito disso.



A Síndrome de Down é um arranjo cromossômica que ocorre naturalmente e que sempre fez parte da condição humana, sua ocorrência é universal entre todas as raças e gêneros e ocorre aproximadamente em 1 a cada 800 nascimentos.



A SD não é nem uma doença, nem desordem, defeito ou condição médica. É inapropriado e ofensivo se referir às pessoas com SD como "afligidas por" ou "sofrendo de" SD. A síndrome de Down em si mesma não requer tratamento nem prevenção.



A única característica que as pessoas com SD tem em comum é a presença de material genético extra associado com o cromossomo 21. Os efeitos do material genético adicional varia enormemente de indivíduo para indivíduo. Pessoas cujo cariótipo indica a síndrome pode ter uma predisposição maior a determinadas doenças ou condições médicas, o que não ocorre obrigatoriamente com todas elas. O diagnóstico precoce e tratamento adequado dessas doenças aumentam tanto o tempo como a qualidade de vida a uma mesma extensão da população sem SD. Os médicos devem estar atentos para o eventual aparecimento dessas doenças para garantir o tratamento se elas ocorrerem.



Por outro lado, estudos científicos também mostram que, estatisticamente, existe um risco menor em relação a outras doenças. O que também não é uma garantia que elas não ocorram.



A Síndrome de Down afeta comumente o estilo de aprendizagem, apesar das diferenças serem extremamente variáveis e individuais, assim como as características físicas e cuidados médios. O desafio mais significativo é o de achar o método mais eficiente e produtivo para cada indivíduo. A identificação do melhor método de ensino para cada criança começa idealmente logo após o nascimento através de programas de estimulação precoce.



Fábio Adiron



  Traduzido/transcrito por DOMINGOS SAVIO TIMBÓ em 05.02.10

Síndrome de Down

Sou estudante de Biologia na UNEB, tenho uma matéria que trata de genética e evolução, e uma questão de aula me intrigou. A síndrome de Down é considerada um “acidente genético”. Mas o que explica esse acidente acontecer com tanta freqüência? E isso ocorre não só na síndrome de Down, mas com outras doenças de alterações cromossômicas numéricas e estruturais.


(Angélica de Jesus)

Muito interessante a aua observação. Na realidade erros genéticos ocorrem o tempo todo na formação dos gametas ou logo no início da embriogênese. Mas na maioria as vezes esses erros são incompatíveis com a vida e não ficamos nem sabendo que eles aconteceram. Sempre que penso na complexidade de inúmeros fatores e mecanismos que precisam ocorrer de modo absolutamente sincrônico para que tudo dê certo, acho um milagre um bebê que nasce sem defeitos.

Como ocorre a síndrome de Down?

Todo mundo já viu crianças e adultos com síndrome de Down (SD). O rostinho, com olhos puxados é muito característico. Quando adultos em geral são gordinhos e têm baixa estatura, mas costumam ter um sorriso cativante. A dificuldade de aprendizado varia, mas o estímulo precoce é fundamental para que a criança atinja seu potencial máximo. A SD ocorre porque a criança nasce com um cromossomo a mais. Ela tem três cromossomos 21, ao invés de dois. Na grande maioria dos casos esse cromossomo 21 a mais é visível no exame do cariótipo (análise dos cromossomos) e a pessoa tem no total 47 cromossomos e não 46 ou 23 pares como todos nós.

Em alguns pacientes esse cromossomo 21 a mais pode estar translocado - ou colado - em outro cromossomo (geralmente um cromossomo acrocêntrico, o que se chama de translocação Robertsoniana). Nesse caso a pessoa com SD tem aparentemente 46 cromossomos, mas um deles é maior do que o normal porque está com o cromossomo 21 “grudado” nele. Existem ainda casos raros, onde a pessoa tem um mosaico de células: algumas células normais com 46 cromossomos e outras com 47.

O risco de repetição em geral é baixo

O mecanismo mais comum, nos casos onde a criança tem 3 cromossomos 21 soltos, é uma não disjunção. Isto é, em geral na formação do óvulo os cromossomos não se separaram direito e forma-se um óvulo com 24 cromossomos ao invés de 23 (e dois cromossomos 21 ao invés de um). Ao se juntar com o espermatozóide normal do pai, forma-se um embrião com 47 cromossomos. O risco aumenta com a idade materna, provavelmente devido ao envelhecimento do óvulo. Mas mesmo assim o risco de que uma mãe tenha duas crianças com síndrome de Down por esse mecanismo é baixo. O risco de repetição só passa a ser maior quando existe a translocação e nesses casos pode ter sido herdado.

Por que a coincidência do cromossomo 21?

Porque é o único cromossomo, que mesmo em dose tripla permite uma sobrevida mais longa. Existem crianças que chegam a nascer com trissomia do cromossomo 18 (síndrome de Edwards) ou do 13 (síndrome de Patau). Mas são quadros gravíssimos que levam a um óbito precoce. Qualquer outro cromossomo em dose tripla causa a morte embrionária. Cerca da metade dos fetos abortados espontaneamente tem alterações cromossômicas. E mais recentemente, com o diagnóstico pré-implantação verificou-se que essa ocorrência é muito mais frequente.

A seleção natural é muito alta

Em resumo, a maioria das alterações cromossômicas é tão grave que não permite a sobrevida nem na fase embrionária. E elas ocorrem o tempo todo. Às vezes a perda é tão precoce que a mulher nem percebe que estava grávida. Cerca de 85% dos embriões que se formam com a trissomia do cromossomo 21 não são viáveis. As crianças que nascem com a síndrome de Down estão entre os poucos que conseguiram sobreviver à seleção natural.

Por Mayana Zatz

http://veja.abril.com.br/blog/genetica/tag/sindrome-de-down/

Associação EXISTIR promove a Festa de NATAL.

A Associação Inclusiva de Fortaleza, promove, dia 17/12, uma grande festa em comemoração a confraternização Natalina na sede da entidade. As crianças e adolescentes da EXISTIR terão diversão garantida das 14h às 19h.

"NATAL DA EXISTIR",  a festa será dia 17/12, por isso precisamos da participação de todos no sentido de doarem: roupas, brinquedos, alimentos, etc.

COM O SEU APOIO PODEREMOS FAZER UM NATAL DE AMOR para os nossos semelhantes mais necessitados. DOAR UM ATO DE AMOR AO PROXIMO!!! PARTICIPE você também deste evento.
Contamos com a sua presença! 

Para mais esclarecimentos, contacte-nos! Ligue 30875330 ou domingostimbo@hotmail.com

Gravidez tardia aumenta riscos de síndrome de down

O aumento no número de mulheres que engravidam com mais de 40 anos contribuiu para aumentar, nos últimos 20 anos, os diagnósticos de Síndrome de Down. É o que dizem os pesquisadores da Queen Mary University, de Londres. Publicado na revista British Medical Journal (BMJ), o estudo apontou que o número de casos entre 1989 e 1990, na Inglaterra e em Gales, foi de 1.075. No período de 2007 a 2008, no entanto, o número saltou para 1.843, um aumento de 71% atribuído à maternidade tardia. Segundo os dados do estudo, a probabilidade de ter um bebê com Síndrome de Down é de uma entre 940 mulheres com mais de 30 anos. Acima dos 40 anos, o número aumenta para uma em cada 85 mulheres britânicas.



E não é só na Inglaterra. O Dr Joji Ueno, diretor da Clínica GERA, explica que a maternidade é uma tendência no mundo inteiro e que está crescendo na classe média brasileira. “O adiamento da gravidez é uma escolha muito comum das mulheres nos dias de hoje. Pelo menos 20% das mulheres aguardam até os 35 anos para começar uma família, pois esperam adquirir estabilidade profissional, um relacionamento estável, segurança financeira, ou, ainda, a certeza sobre o desejo de ser mãe”, afirma o ginecologista.


À medida em que a mulher envelhece, seus óvulos também envelhecem, tornando-se menos capazes de serem fertilizados pelos espermatozóides. Se fertilizados, ainda assim correm maior risco de aborto espontâneo e podem carregar problemas cromossômicos. Muitas clínicas de reprodução assistida recorrem a um método chamado PGD - Diagnóstico Pré-implantacional. O procedimento permite separar os embriões portadores de algum tipo de desordem genética, transferindo para o útero materno apenas os embriões saudáveis. Assim, evita-se uma série de síndromes genéticas, entre elas a mais comum, que é a síndrome de Down.


http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=314474

Síndrome de Down: médica fala sobre tratamento e inclusão

Nesta sexta, 20, os sonhos e necessidades dos portadores de Síndrome de Down estarão em pauta no ‘IV Encontro Sergipano sobre Síndrome de Down’, que acontece no Centro de Convenções de Sergipe. Durante todo o dia profissionais de saúde, portadores da síndrome, familiares e pessoas interessadas estarão reunidas para discutir diversos temas. Um dos assuntos abordados pelos profissionais de saúde será ‘A transdisciplinaridade e a inclusão na Síndrome Down'. Para falar um pouco sobre o tema e o universo da pessoa portadora, o Portal Infonet conversou com a neuropediatra, Maria Angélica Farias, que será uma das palestrantes da mesa-redonda que acontece na manhã desta sexta.


Portal Infonet - O que vem a ser a transdisciplinaridade no cuidado do portador da Síndrome de Down?

Maria Angélica Farias - A transdisciplinaridade vai além da comunicação entre os profissionais. É a comunicação e a ação conjunta desses profissionais. A idéia é entrar num consenso de que caminho é melhor para o individuo. Normalmente, o médico acaba trabalhando um pouco isolado e dessa forma dá fazer uma abordagem realmente inclusiva.

Infonet – Isso tem sido trabalhado pelos profissionais aqui do Estado?

MAF - Em parte sim e em parte não. Alguns profissionais têm feito e feito muito bem, outros precisam começar a fazer.

Maria Angélica aposta na transdisciplinaridade no tratamento

Infonet – Quais os profissionais que precisam acompanhar o portador da síndrome?

MAF - Cada indivíduo tem suas necessidades individuais. E com o indivíduo com Down não é diferente. A princípio, no primeiro ou segundo ano de vida, a equipe é mais extensa. Inicialmente conta com um pediatra que é quem vai dar o diagnóstico lá na maternidade. O acompanhamento de um neuropediatra também é importante. Ele vai precisar também de um fisioterapeuta, de um fonoaudiólogo e de um terapeuta ocupacional. Em alguns casos há também necessidade de um psicopedagogo ou de um psicólogo. Pode ser que nos primeiros anos de vida ele precise de todos esses profissionais, ou não. Vai depender do desenvolvimento de cada um.

Infonet - Para as famílias de baixa renda como fica o acesso a esses profissionais?

MAF – Teoricamente, o nosso Sistema Único de Saúde (SUS) deveria dar todo o suporte. Isso melhorou de uns anos para cá. Antes não havia fonoaudiólogo, agora já tem. Ele consegue o atendimento, mas com muita dificuldade. Psicopedagogo, por exemplo, que eu saiba não tem. Apesar das melhoras, o atendimento ainda está precário, ainda temos muita coisa para avançar. O que dá suporte no atendimento são as instituições como a Apae que conta com alguns profissionais para atender aos portadores.

Infonet – Qual o papel da família no desenvolvimento do portador da Síndrome?

MAF – É extremamente importante. Se a família consegue enfrentar os preconceitos e coloca o filho numa escola regular, leva ao shopping, ao cinema, incentiva o estudo, o trabalho, eu digo que o portador nasceu em berço de ouro. Uma família bem estruturada rompe muitos preconceitos da sociedade.

"Ter as mesmas oportunidades já é uma grande passo para o portador"

Infonet – Como você avalia o processo de inclusão das pessoas com Síndrome?

MAF – O processo de inclusão ainda não é como se deseja. Acho que deveria ser uma atitude não pela obrigação, mas pelo compromisso social. O Governo teve uma ação muito boa e praticamente colocou como obrigação a inclusão do indivíduo portador de necessidade especial. Mas é preciso deixar claro que o indivíduo com Síndrome de Down não é pior nem melhor do que nenhum outro. Eles possuem limitações sim, mas o processo de inclusão ajuda a potencializar as suas capacidades. Tem coisas que eles conseguem fazer e até melhor do que muita gente. Se eles tivessem as mesmas oportunidades de uma pessoa comum isso já seria um grande passo.

nfonet – Em relação ao preconceito, você acredita que tem diminuído?

MAF – A síndrome era tratada pelas pessoas antigamente como mongolismo, retardamento, mas hoje elas estão tendo mais cuidado com o que falam, até mesmo por conta da Lei que está mais rigorosa. Isso é bom, pois se a gente tem um preconceito e não pode expressar significa dizer que preconceito não é bom.


Por Carla Sousa

http://www.infonet.com.br/saude/ler.asp?id=92045&titulo=especial

Esperança no tratamento da síndrome de Down

WASHINGTON, EUA — Pesquisas animadoras realizadas com ratos poderiam, potencialmente, levar a tratamentos destinados a crianças trissômicas, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.


Ao nascer, essas crianças não apresentam sinais palpáveis mas, com o tempo, desenvolvem problemas cognitivos por causa de déficits de memória inerentes à trissomia 21, também chamada Síndrome de Down.

Esta incapacidade para memorizar limita a aprendizagem porque o cérebro tem dificuldades para reter experiências que permitem um desenvolvimento cognitivo considerado normal, explicam cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford (Palo Alto, Califórnia, oeste).

Seus trabalhos, divulgados na revista médica Science Translational Medecine, aportam uma nova visão sobre o mecanismo neural responsável pelo funcionamento deficitário da memória e propõem nova estratégia para corrigir os efeitos do problema com medicamentos.

O estudo realizado com cobaias que tiveram seus cérebros manipulados geneticamente, para torná-los similares aos dos portadores de trissomia, mostrou pela primeira vez que o estímulo da produção de noradrenalina melhora sua capacidade mental.

A noradrenalina é um neurotransmissor que permite a comunicação com as células nervosas.

"Se a intervenção for feita cedo o suficiente poderá ajudar essas crianças a memorizar e a utilizar informação", explicou o Dr. Ahmad Salehi, diretor do estudo.

"Teoricamente, isso poderia levar à melhoria de suas funções mentais", acrescenta no artigo.

 
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/11/19/estudo-com-camundongos-aponta-tratamento-para-sindrome-de-down-914833587.asp