existir

A EXISTIR surgiu em meados de 2002, por iniciativa de um grupo de pais de crianças com Síndrome de Down, com o propósito de constituir uma entidade privada, sem fins lucrativos, que apoiasse crianças portadoras de necessidades especiais, em especial a Síndrome de Down. Fundamos a Entidade em fins de 2004, com o seu registro em 25.01.2005, tendo por objetivo um projeto diferenciado, ou seja, trabalho em grupos de crianças com Síndrome de Down a partir dos 2 anos de idade.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MÃE DE UM JOVEM COM SÍNDROME DE DOWN FAZ CAMPANHA PARA QUE SEU FILHO CONSIGA TER RELAÇÕES SEXUAIS.

DA BBC BRASIL
A mãe de um jovem britânico com Síndrome de Down deu início a uma campanha para que o filho consiga ter relações sexuais, numa iniciativa que foi registrada em um documentário pelo canal 3 da BBC. Lucy Baxter quer que o filho, o ator Otto Baxter, de 21 anos, tenha todas as experiências que outros jovens de sua idade têm, incluindo sexo.
Para isso, ela vem ajudando Otto a espalhar cartazes procurando companhia, e abriu uma página na internet para que o filho possa fazer contatos em busca de um relacionamento sexual. O documentário sobre a história de Otto será transmitido nesta quinta-feira na Grã-Bretanha.
Se a campanha não funcionar, Lucy disse estar disposta a pagar uma prostituta para que o filho possa experimentar sua primeira relação sexual. "Discutimos se ele deveria ir a Amsterdã (onde a prostituição é legalizada). Eu absolutamente consideraria essa possibilidade", diz.
Lucy Baxter diz que sempre quis que seu filho levasse uma vida "comum". "Eu queria que ele fizesse as mesmas coisas que qualquer outra pessoa, por isso fiz questão que ele fosse para uma escola comum", disse ela em entrevista à BBC.
"Tive trabalho com as autoridades, que queriam que ele fosse a uma escola especial, mas acredito que ele tem direito a ter as mesmas oportunidades que qualquer outra pessoa", afirma.
Clubes e festas
Com isso, Otto tem amigos que não são deficientes, frequenta clubes para jovens e vai a festas.
"Não consigo ver como alguém pode ser um indivíduo completo em nossa sociedade sem participar de tudo de que participamos", argumenta Lucy.
Otto tem várias amigas, mas ao ficar mais velho ele começou a encontrar dificuldades em tomar atitudes que seus amigos do sexo masculino consideravam naturais.
"Você não vai à escola secundária (equivalente ao ensino médio no Brasil) sem estar cercado por referências a sexo", afirma Lucy.
Segundo ela, o problema é que quando Otto vai a bares e discotecas, "vê seus amigos se darem bem, e ele até consegue um ou outro beijo, mas elas não querem mais do que isso". "E aí é que as coisas ficam muito difíceis para ele."
Otto decidiu que queria que uma de suas amigas, Hannah, fosse sua namorada, então escreveu sobre todas as coisas que gostaria de fazer com ela.
"As coisas que eu gostaria de fazer com a Hannah são tomar uma ducha junto, lavar suas costas e passar um dia largado na cama com ela. Também ir ao cinema e fazer coisas assim", escreveu.
Mas Hannah disse que queria permanecer apenas como amiga.
Agências
Otto também tentou agências de namoro, incluindo uma "especial" visando a encontrar garotas que também tinham Síndrome de Down.
Mas Lucy diz que as garotas que Otto conheceu por meio dessas agências "não tinham nada em comum com ele".
Quando ele saiu com uma das garotas, os responsáveis por ela não permitiram que eles avançassem no relacionamento além da amizade.
"Qual seria o jovem de 21 anos que poderia aguentar isso?", questiona Lucy.
"Infelizmente Otto está preso a dois mundos, duas culturas diferentes. Uma é uma cultura deficiente, na qual tudo é especial e você é tratado como uma criança", diz ela.
Para Lucy, essa cultura "está morrendo". "Acho que muitos pais de jovens com Síndrome de Down querem coisas diferentes para seus filhos. Eles querem igualdade."
Sem barreiras
Ela diz que sempre ensinou ao filho que sua condição não deveria ser uma barreira para fazer o que ele quer e que ele é igual a qualquer outra pessoa. Ela até mesmo o encorajou recentemente a fazer uma viagem à Índia e ao Japão de mochila nas costas.
"Se ele não conseguir uma namorada, vou me sentir realmente mal, porque eu sempre vendi para ele essa ideia de que ele é igual a todo mundo. Por isso estou trabalhando tanto para ajudá-lo com isso", afirma Lucy.
Ela diz que sua campanha não é somente para que seu filho tenha um relacionamento sexual.
"Às vezes ele acorda triste de manhã. Ele simplesmente quer uma namorada", explica.
"Eu realmente quero. Estou numa missão para encontrar uma namorada. O motivo é que eu quero ter sexo. Estou procurando namoradas em todo lugar", complementa Otto.

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