O Ceará tem uma população de 1,2 milhão de pessoas com deficiência com dez anos ou mais de idade. Com esse contingente, ocupamos a terceira posição entre os estados da região Nordeste com maior número de pessoas com deficiência. E o que é pior: do total de deficientes, 61,34% estão fora do mercado de trabalho, segundo pesquisa da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS).Os números da pesquisa mostram que ainda há muito o que se fazer para que as pessoas com deficiência sejam tratadas com igualdade de direitos. Na opinião do presidente da Comissão Nacional em Defesa da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Ceará (OAB-CE), advogado Edson Santana, a Constituição Federal, no 5º Artigo trata dos direitos individuais e coletivos e o 3º das desigualdades da pessoa humana, "mas os deficientes ainda são esquecidos na hora do desenvolvimento das políticas públicas".Amanhã é o Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes e, para Edson Santana, a data é importante para "continuarmos a lutar pela acessibilidade e pela inclusão, considerados os principais obstáculos das pessoas portadoras de deficiência". Além disso, acrescenta o advogado da OAB-CE, existe o preconceito forte e a desobediências das leis ou leis mais eficazes para acabar com as desigualdades.Preocupado com a situação dos deficientes cearenses, Santana aprovou uma ação cível para que as cédulas de dinheiro sejam impressas em Braille ou em tamanhos diferenciados para que o deficiente visual possa identificar os valores. Ele também fez um requerimento à prefeitura de Fortaleza e ao Transfor pedindo mudanças estruturais nas calçadas para tornar as vias públicas mais acessíveis para os deficientes. "Nosso desafio é tornar isto realidade", diz.
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