Meu objetivo em socializar essas informações é
proporcionar um momento de reflexão aos pais e educadores, além de oferecer
sugestões práticas e me colocar à disposição para possíveis orientações à casos
específicos.
Ao abordar uma síndrome, nos referimos a um
conjunto de características, que pode envolver diversos âmbitos:
Cromossômico;
Sensorial;
Comportamental;
Desenvolvimento.
No caso da síndrome de down, envolve todos os
âmbitos acima citados, sendo que temos diversos níveis de comprometimento, além
das possíveis comorbidades que podem vir associados ao quadro, lembrando que
cada caso é único. Todos também apresentam habilidades e se faz necessário
desconstruir rótulos e visar uma proposta inclusiva visualizando o aluno e não
apenas o diagnóstico.
Devemos considerar a existência do comprometimento
intelectual, o qual interfere na compreensão, consequentemente se faz
necessário, ao contexto escolar proporcionar adaptações curriculares,
condizentes as necessidades cogntivas de cada caso.
Muitas escolas e pais buscam oferecer uma inclusão
de qualidade, mas não encontram orientações adequadas, as necessidades que
vivenciam com seus alunos, pois não basta encontrar caminhos teóricos, pois a
dificuldade encontra – se em articular com a prática.
Segue algumas sugestões que poderão qualificar a
prática pedagógica e familiar:
Orientações para o ambiente FAMILIAR e ESCOLAR referente aos casos na
educação infantil:
Estimular em todos os momentos de maneira lúdica,
contextualizada e com recursos sensoriais ( visual, tátil, auditiva, gustative
e olfativa );
Sugiro que explorem diversos espaços no ambiente
familiar, escolar e social, proporcionar regras e limites, conforme os
respectivos ambientes que estiver inserido;
Proporcionar momentos de diálogo, contação de
histórias com o uso de imagens, música, esportes e expressão corporal;
Estimular as áreas do conhecimento:
psicomotricidade, linguagem oral e escrita, raciocínio lógico matemático,
habilidades sociais e atencionais, através de recursos audiovisuais;
O melhor momento de buscar acompanhamento
terapêutico é quando se depara com o diagnóstico, nos setores, conforme as
prioridades de cada caso, como por exemplo: fonoaudiologia, fisioterapeuta,
psicopedagoga, terapeuta ocupacional, entre outros necessários.
Orientações para o ambiente FAMILIAR referente aos casos à partir do 1º
ano do ensino fundamental:
Delegar responsabilidades para que possa obter
compromissos com o estudo, como por exemplo: separar e guardar o seu material,
organizar sua mochila, selecionar o conteúdo que deverá estudar para prova,
etc…;
No momento das lições de casa orientá – lo de
maneira que o conduza a pensar sobre a resposta sem transmitir a resposta
correta e respeitando o seu ritmo de aprendizagem e principalmente no momento
do registro;
Orientar que o momento de estudar para prova deverá
ocorrer com antecedência, pois um dia antes não será o suficiente, mas se
conseguir todos os dias separar ao menos trinta minutos e no máximo duas horas
ao lado do filho (a). O mesmo irá conseguir memorizar e compreender o conteúdo
com mais facilidade e o momento anterior a prova não se tornará um martírio
para os pais e o respectivo filho;
Estimulá – lo através do elogio, mostrando que
acredita em seu potencial e que é capaz de executar a respectiva tarefa com
qualidade;
Proporcionar regras e limites, conforme o ambiente
que estiver inserido;
No momento de leitura esteja ao seu lado e solicite
que realize em voz alta, pois assim diminui a probabilidade em se distrair, mas
é importante que esta leitura ocorra em pequenos trechos e após a mesma
solicite que relate o que compreendeu, em seguida escreva da maneira que
verbalizou, caso não tenha compreendido a pessoa que estiver acompanhando – o
deverá ler o respectivo trecho e posteriormente solicitar que explique o que
entendeu, desta forma poderá interpretar melhor o conteúdo.
Orientações para o ambiente ESCOLAR referente aos casos à partir do 1º
ano do ensino fundamental:
Primeiro passo do educador é aplicar a avaliação
diagnóstica em todos os alunos, independente de serem laudados, pois assim
serão identificados os pré requisitos de aprendizagem, analisando os casos de
inclusão, é primordial está estratégia para promover a adaptação curricular,
sendo que a mesma será temática, conforme o conteúdo abordado em sala, mas será
aplicado aos respectivos casos de maneira menos elabarada;
Orientá – lo durante a elaboração de sua atividade
de maneira que o conduza a pensar sobre a resposta sem transmitir a resposta
correta e respeitando o seu ritmo de aprendizagem e principalmente no momento
do registro;
Sugiro que sente na frente para que possa focar
mais atenção ( de preferência no centro da sala );
Sugiro o uso de material concreto e recursos
audiovisuais, não apenas para os casos de inclusão, mas com certeza irá
contribuir para os demais alunos;
Dependendo do resultado da avaliação diagnóstica
pedagógica e das orientações dos profissionais que acompanham os casos de inclusão,
sugiro que as avaliações sejam adaptadas e que possam ser aplicadas
individualmente, e que respeitem o ritmo de execução de cada aluno;
Necessitam de atenção individualizada em sala de
aula e principalmente no momento da execução das atividades propostas e no
auxílio da compreensão das mesmas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário