existir

A EXISTIR surgiu em meados de 2002, por iniciativa de um grupo de pais de crianças com Síndrome de Down, com o propósito de constituir uma entidade privada, sem fins lucrativos, que apoiasse crianças portadoras de necessidades especiais, em especial a Síndrome de Down. Fundamos a Entidade em fins de 2004, com o seu registro em 25.01.2005, tendo por objetivo um projeto diferenciado, ou seja, trabalho em grupos de crianças com Síndrome de Down a partir dos 2 anos de idade.

segunda-feira, 28 de março de 2016


EXISTIR TEVE A HONRA DE PARTICIPAR DO EVENTO ABAIXO PUBLICADO
CMFor Debate Políticas Públicas de Inclusão Social Para as Pessoas Com Síndrome de Down

Anna Regadas28 março, 2016No Comments

A Câmara Municipal de Fortaleza realizou na manhã desta segunda-feira, 28, audiência pública em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down. O evento, de autoria da vereadora Ruthmar Martins (PR) contou com uma apresentação de dança de Caroline Barbosa e de alunos da APAE. A audiência teve como pauta “a estimulação e capacitação vocacional e profissional das pessoas com síndrome de Down”.
Na abertura do debate, a vereadora Ruthmar destacou a importância da inclusão social da pessoa com síndrome de Down. “A síndrome de Down não impede de maneira nenhuma que o indivíduo tenha uma vida social normal. E com a luta das famílias tivemos algumas conquistas como a lei brasileira 3146/2015, de Inclusão da Pessoa com Deficiênci”, ressaltou.
Segundo a parlamentar, a lei é destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. “A lei garante às pessoas com deficiência o direito de casar, ou de ter uma união estável. Na educação, a lei determina que as escolas possuam profissionais capacitados para receber os alunos com deficiência, e isto não deve implicar em nenhum custo adicional para as famílias”, destacou.
A vereadora Ruthmar, ponderou que apesar dos avanços, ainda falta muito para se alcançar, principalmente no que se refere a educação e profissionalização. “Nosso nível de atendimento ainda é falho na rede pública e é exatamente isso que vamos debater; a falta de aparato para os jovens e de escolas profissionalizantes para as pessoas com síndrome de Down. Nós precisamos de políticas públicas destinadas a suprir essa falta, pois  a questão da empregabilidade é um grande desafio”, frisou.
Para a representante da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-Ce, Liduina Carneiro, considerar uma pessoa com síndrome de Down inválida, do ponto de vista de lei está ultrapassado. Liduina ressaltou a importância do debate e defendeu a inclusão social. “É uma chamada mais do que válida para aqueles que precisam exercitar sua cidadania. Precisamos defender os seus direitos, principalmente no que se refere a educação e profissionalização da pessoa com síndrome de Down”, pontuou.
Já a terapeuta ocupacional e gerente do projeto do Núcleo de Atuação Médica Integrada da UFC, Clênia Sabóia destacou que existe uma lacuna grande, para que a pessoa com deficiência chegue ao mercado de trabalho. “A educação é primordial para a capacitação, qualificação e inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. No entanto existe uma lacuna grande e temos muito a caminhar e avançar.”, ressaltou.
A representante do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Marly Pereira, também chamou atenção para alguns entraves na educação. “Mesmo que a lei garanta a inclusão dos alunos com deficiência nas Escolas, é preciso verificar se a educação oferecida contempla as limitações daquele aluno. A inclusão deve acontecer na prática. Mas o que temos visto, é o contrário. Daí as dificuldades que enfrentamos para capacitar esses jovens para o mercado de trabalho. Como profissionalizar um jovem que sequer foi alfabetizado ou teve uma educação básica?”, interrogou. De acordo com Marly, é preciso avançar muito na área da educação.
Para o advogado e consultor de inclusão social, João Eduardo, o problema ainda se agrava diante da negativa de matrículas das Escolas Particulares, para as pessoas com deficiência seja física ou psicológica. “Infelizmente a realidade que vemos nas Escolas, principalmente das particulares é a negativa das matrículas.”, ressaltou. O advogado cobrou uma fiscalização maior do Poder Público. “Esta Casa junto com a Secretaria Municipal de Educação devem fazer uma cobrança mais efetiva aos dirigentes das escolas, para que essa inclusão, que é garantida por lei, seja cada vez mais uma realidade na nossa cidade”, frisou.
A vereadora agradeceu a presença de todos e destacou alguns projetos de indicação de sua autoria que ampliam as políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência. Os projetos contemplam desde a realização de convênios financeiros para a manutenção de instituições que prestam atendimento como a APAE, até a criação de uma central de emprego voltada para as pessoas com deficiência. A parlamentar ainda destacou projeto que assegura ao aluno com deficiência um acompanhamento psicopedagógico.
Também estavam presentes no debate, o senhor Rubinho Linhares, representando o secretário Acrísio Sena, da coordenadoria de articulação dos movimentos sociais, o presidente da Associação Inclusiva de Fortaleza, João Manoel, a representante da Associação Social Recanto Psicopedagógico, Ilcia Lima, a professora da APAR, Edilene Lima, entre outros representantes.

Fonte: http://wp.cmfor.ce.gov.br/cmfor/cmfor-debate-politicas-publicas-de-inclusao-social-para-as-pessoas-com-sindrome-de-down/

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