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A EXISTIR surgiu em meados de 2002, por iniciativa de um grupo de pais de crianças com Síndrome de Down, com o propósito de constituir uma entidade privada, sem fins lucrativos, que apoiasse crianças portadoras de necessidades especiais, em especial a Síndrome de Down. Fundamos a Entidade em fins de 2004, com o seu registro em 25.01.2005, tendo por objetivo um projeto diferenciado, ou seja, trabalho em grupos de crianças com Síndrome de Down a partir dos 2 anos de idade.

segunda-feira, 21 de maio de 2018



O que é ludopedagogia e como ela se aplica às escolas brasileiras

FUNDAMENTOS DA LUDOPEDAGOGIAshutterstock_3117721
Por Cristiano Sieves
Muitas instituições de ensino, seja de forma planejada ou espontaneamente, implementam práticas ludopedagógicas. É natural que isso aconteça – o lúdico faz parte da natureza da criança. Se for trabalhado de forma sistemática e planejada, o elemento da diversão pode acelerar muitos pontos do desenvolvimento infantil. No post de hoje, quero explorar um pouco mais o que é ludopedagogia e como esse conceito pode influenciar a educação.
De forma mais estrita, podemos tratar a ludopedagogia como um segmento da pedagogia dedicado a estudar a influência do elemento lúdico dentro da educação. Muitos pais, gestores e até professores ainda veem de forma negativa a mistura entre diversão e educação. Contra esse argumento, há dois pontos que precisam ser destacados:
  • Como destaquei acima, a brincadeira está inserida desenvolvimento da criança. É da natureza dela buscar a brincadeira e o elemento lúdico no mundo. Espera-se que ela trate o mundo dessa maneira.
  • A ludopedagogia não é a inserção da brincadeira pura e simples. Ela deve servir a propósitos pedagógicos e deve estar alinhada às diretrizes educacionais vigentes.
Para complementar esse segundo ponto, gosto muito da definição que Margarete Miyuki de Souza explorou em 2012 no artigo “A importância da ludopedagogia na alfabetização”. Segundo ela, por meio “da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando”. Ou seja: o elemento lúdico pode servir a um propósito de formação e construção da pessoa.
As referências teóricas para a ludopedagogia têm ficado cada vez mais em voga. Para os profissionais interessados em mais referenciais, recomendo muito o livro Brincar e Suas Teorias, compilação de artigos organizada pela professora Tizuko Kishimoto, uma das grandes especialistas da área. Um dos artigos está disponível para leitura no Google Books gratuitamente.
Nesta apresentação do Prezi, compilei alguns conceitos e autores interessantes para quem busca uma introdução à ludopedagogia
Ludopedagogia e educação brasileira
É possível implantar essas práticas sem fricções nas escolas brasileiras? Acredito piamente que sim. Como falei acima, muitas delas já investem em práticas ludopedagógicas sem saber. As diretrizes educacionais usadas no País, seja para educação infantil ou os ciclos iniciais do ensino fundamental, estimulam o uso do lúdico dentro da sala de aula.
No decorrer dos próximos posts, quero trazer algumas experiências práticas e possibilidades de aplicação para a ludopedagogia dentro do ensino infantil e básico. Se você tiver alguma experiência para compartilhar, ou se deseja fazer alguma pergunta, fique à vontade para usar os comentários – estou à disposição.
Obrigado pela leitura e até a próxima!

Sobre o autor:

Cristiano Sieves

CRISTIANO SIEVES

Especialista em Ludopedagogia.

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