APENAS UMA VOZ PODE MUDAR TUDO
Em
campanha eleitoral na Alemanha, a chanceler Angela Merkel ficou comovida
durante uma entrevista ao vivo transmitida nesta segunda-feira (11) pela
emissora de TV ARD. Foram 75 minutos de participação. Enquanto ela respondia
perguntas da plateia, um caso em específico a surpreendeu. Merkel foi
questionada por uma jovem de 18 anos sobre aborto tardio de fetos com síndrome
de Down.
A jovem
chamada Natalie, que também tem a síndrome, disse que Merkel é uma política,
portanto, faz as leis. Em seguida, a moça relatou um índice alarmante sobre a
natalidade de bebês com síndrome de Down na Alemanha: nove em cada dez são
abortados. “Por quê?”, ela questionou. “Eu não quero ser abortada, eu quero
ficar no mundo”, Natalie completou.
Merkel prontamente respondeu que
a pergunta da menina foi um ótimo ponto a ser levantado, e que os conservadores
lutaram para que as mães fossem orientadas antes de realizar um aborto. A
chanceler pontuou, no entanto, que foi extremamente complicado conseguir apoio
de grande parte do parlamento em relação a isso.
A chanceler também afirmou que
muitas famílias não conhecem o apoio disponibilizado para pessoas com
necessidades especiais na Alemanha, e, por isso, muitas vezes, decidem
abortar.
Outros casos
Além da Alemanha, outros países adotam a prática de abortar bebês com
síndrome de Down. Na Islândia por exemplo, 100%
dos bebês diagnosticados com a condição ainda no útero são abortados no país. A
lei local permite que o bebê seja abortado mesmo depois de 16 semanas de
gestação. Apenas um por ano, talvez dois continuam a nascer. Essas exceções
acontecem porque a síndrome não foi detectada no pré-natal.
Mas a prática não se limita a
esses países. Na Dinamarca onde a maioria da população não vê o aborto como
assassinato, apenas 2% de bebês com síndrome de Down chegam a nascer. No Reino
Unido, 10%, e nos EUA, 33%.
Muitos países aprovam a ação
mesmo sabendo que a condição permite que portadores de síndrome de Down tenham
uma expectativa de vida média de 60 anos e possam viver normalmente.
Colaborou: Isabelle Barone
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