O que é deficiência intelectual?
Ricardo Ampudia(novaescola@fvc.org.br)
Pessoas com deficiência intelectual
ou cognitiva costumam apresentar dificuldades para resolver problemas,
compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores
monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e
realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado.
A capacidade de argumentação desses
alunos também pode ser afetada e precisa ser devidamente estimulada para
facilitar o processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira independência
em suas relações com o mundo.
As causas são variadas e complexas,
sendo a genética a mais comum, assim como as complicações perinatais, a
má-formação fetal ou problemas durante a gravidez. A desnutrição severa e o
envenenamento por metais pesados durante a infância também podem acarretar
problemas graves para o desenvolvimento intelectual.
O Instituto Inclusão Brasil estima
que 87% das crianças brasileiras com algum tipo de deficiência intelectual têm
mais dificuldades na aprendizagem escolar e na aquisição de novas competências,
se comparadas a crianças sem deficiência. Mesmo assim, é possível que a grande
maioria alcance certa independência ao longo do seu desenvolvimento. Apenas os
13% restantes, com comprometimentos mais severos, vão depender de atendimento
especial por toda a vida.
Como lidar com alunos com deficiência intelectual na escola?
Como lidar com alunos com deficiência intelectual na escola?
Segundo a psicopedagoga especialista
em Inclusão, Daniela Alonso, as limitações impostas pela deficiência dependem
muito do desenvolvimento do indivíduo nas relações sociais e de seus
aprendizados, variando bastante de uma criança para outra.
Em geral, a deficiência intelectual
traz mais dificuldades para que a criança interprete conteúdos abstratos. Isso
exige estratégias diferenciadas por parte do professor, que diversifica os
modos de exposição nas aulas, relacionando os conteúdos curriculares a
situações do cotidiano, e mostra exemplos concretos para ilustrar ideias mais
complexas.
Para a especialista, o professor é
capaz de identificar rapidamente o que o aluno não é capaz de fazer. O melhor
caminho para se trabalhar, no entanto, é identificar as competências e
habilidades que a criança tem. Propor atividades paralelas com conteúdos mais
simples ou diferentes, não caracteriza uma situação de inclusão. É preciso
redimensionar o conteúdo com relação às formas de exposição, flexibilizar o
tempo para a realização das atividades e usar estratégias diversificadas, como
a ajuda dos colegas de sala - o que também contribui para a integração e para a
socialização do aluno.
Em sala, também é importante a
mediação do adulto no que diz respeito à organização da rotina. Falar para o
aluno com deficiência intelectual, previamente, o que será necessário para
realizar determinada tarefa e quais etapas devem ser seguidas é fundamental.
Fonte: http://novaescola.org.br/formacao/deficiencia-intelectual-inclusao-636414.shtml?utm_source=tag_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=mat%C3%A9ria&utm_content=link
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