10 coisas que é
preciso saber sobre a Síndrome de Down
Elaborado pelo Ministério Público do Trabalho em parceria com o
Movimento Down e Carpe Diem, o material aborda os principais direitos trabalhistas
utilizando linguagem simples. Na ocasião, foi apresentado o folheto 10
Coisas que Todo Mundo Precisa Saber sobre Síndrome de Down, que
integra uma cartilha destinada a profissionais de comunicação, disponível online aqui.
A cartilha O Ministério Público do Trabalho e os
Direitos dos Trabalhadores está inserida no Projeto
PCD Legal, uma biblioteca virtual com conteúdo acessível a
todos, gratuitamente, com o objetivo de oferecer conhecimento sobre temas
importantes para o desenvolvimento da cidadania.
Desenvolvido num ambiente bilíngue, incluindo o
português e a Língua Brasileira de Sinais (Libras), e disponível em diversos
modos de exibição, como textos, áudios e vídeos, o sistema permite que qualquer
pessoa consulte as informações, independentemente de restrições físicas ou de
aprendizado.
Criado pelo Ministério Público do Trabalho, o
projeto permite a mobilidade do usuário no acesso à informação, já que as
consultas podem ser feitas por computador, tablet ou smartphone. Os arquivos
podem ser baixados para uso sem conexão à internet e compartilhados em redes
sociais.
O resultado do trabalho da organização pode ser
conferido gratuitamente no portal Movimento Down.
Confira:
1)SÍNDROME DE DOWN NÃO É DOENÇA
A síndrome de Down ocorre quando, ao invés da
pessoa nascer com duas cópias do cromossomo 21, ela nasce com 3 cópias, ou
seja, um cromossomo número 21 a mais em todas as células. Isso é uma ocorrência
genética e não uma doença. Por isso, não é correto dizer que a síndrome de Down
é uma doença ou que uma pessoa que tem síndrome de Down é doente.
2) AS PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN NÃO
SÃO TODAS IGUAIS
Apesar de indivíduos com síndrome de Down terem
algumas semelhanças entre si, como olhos amendoados, baixo tônus muscular e
deficiência intelectual, não são todos iguais. Por isso, devemos evitar
mencioná-los como um grupo único e uniforme. Todas as pessoas, inclusive as
pessoas com síndrome de Down, têm características únicas, tanto genéticas,
herdadas de seus familiares, quanto culturais, sociais e educacionais.
3) PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN TÊM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
Deficiência intelectual não é o mesmo que
deficiência mental. Por isso, não é apropriado usar o termo “deficiência
mental” para se referir às pessoas com síndrome de Down. Deficiência mental é
um comprometimento de ordem psicológica.
4) AS PESSOAS TÊM SÍNDROME DE DOWN, NÃO
SÃO PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN
Uma pessoa pode portar (carregar ou trazer) uma
carteira, um guarda-chuva ou até um vírus, mas não pode portar uma deficiência.
A deficiência é uma característica inerente a pessoa, não é algo que se pode deixar em casa. Diante disso, o termo “portador” tanto para síndrome de Down quanto para outras deficiências caiu em desuso. O mais adequado é dizer que a pessoa tem deficiência.
A deficiência é uma característica inerente a pessoa, não é algo que se pode deixar em casa. Diante disso, o termo “portador” tanto para síndrome de Down quanto para outras deficiências caiu em desuso. O mais adequado é dizer que a pessoa tem deficiência.
5) A PESSOA É UM INDIVÍDUO. ELA NÃO É A
DEFICIÊNCIA
A pessoa vem sempre em primeiro lugar. Ter uma
deficiência não é o que caracteriza o indivíduo. Por isso, é importante dizer
quem é a pessoa para depois citar a deficiência. Por exemplo: o funcionário com
síndrome de Down, o aluno com autismo, a professora cega, e assim por diante.
6) PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN TÊM
OPINIÃO
As pessoas com síndrome de Down estudam, trabalham
e convivem com todos. Esses indivíduos têm opinião e podem se expressar sobre
assuntos que lhes dizem respeito. Em caso de entrevistas, procure falar com as
próprias pessoas com deficiência, não apenas com familiares, acompanhantes ou
especialistas.
7) PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN NÃO
DEVEM SER TRATADAS COMO COITADINHAS
Ter uma deficiência é viver com algumas limitações.
Isso não significa que pessoas com deficiência são “coitadinhas”. Pessoas com
síndrome de Down se divertem, estudam, passeiam, trabalham, namoram e se tornam
adultos como todo mundo. Nascer com uma deficiência não é uma tragédia, nem uma
desgraça, é apenas uma das características da pessoa.
8) DE PERTO, NINGUÉM É NORMAL
No mundo não existem “os normais” e “os anormais”.
Todos são seres humanos de igual valor, com características diversas. Se
precisar, use os termos pessoa sem deficiência e pessoa com deficiência.
9) DIREITO CONSTITUCIONAL À INCLUSÃO E
CIDADANIA
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência foi aprovada no Brasil em 2008 como norma constitucional. Ela diz que
cabe ao Estado e a sociedade buscar formas de garantir os direitos de todas as
pessoas com deficiência em igualdade de condições com os demais.
A Convenção é uma importante ferramenta de acesso à cidadania e precisa ser mais difundida entre as próprias pessoas com deficiência, juristas e a população em geral.
A Convenção é uma importante ferramenta de acesso à cidadania e precisa ser mais difundida entre as próprias pessoas com deficiência, juristas e a população em geral.
10) POR QUE A TERMINOLOGIA É IMPORTANTE
Referir-se de forma adequada a pessoas ou grupo de
pessoas é importante para enfrentar preconceitos, estereótipos e promover
igualdade.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2014/07/10-coisas-que-e-preciso-saber-sobre-a-sindrome-de-down-4557406.html
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